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Querida Jannet

  Esses dias me peguei pensando em você. Em toda a nossa história, e penso que um momento de nostalgia escrita é sempre bem vindo. Lembro-me bem do momento sublime em que nos conhecemos. Deus seja louvado por implantar anjos no inferno que chamamos de ensino médio. Principalmente, os rebeldes repetentes. Um gênio incompreendido. Lá estava você, na mesma sala que a minha, com seus moletons de séries de terror, seus cabelos grandes cheios e anelados. Quebrando qualquer contexto de estereótipo com uma Crocs cinza. “Quem é essa baiana?” E logo depois “Eu gostei daquela menina”.  Lembro do momento em que conversamos pela primeira vez, uma chance foi dada, e quando percebo, você já me olhava além da minha carranca e atitudes maçantes. E eu, além das suas crocs horrorosas    Que você sabia que eu julgava ( horrores). -Vamos para minha casa. É aqui perto.   Ao chegar na sua casa e no seu quarto, pôde me mostrar o seu ambiente liberto. As suas guitarras desafinadas, os seus posters e camisetas
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O que eu quero é PAZ.

   AVISO PRÉVIO: TEXTO PROLIXO. Arrancado de minha garganta, sem menos ou mais, uma coisa bonita de forma abrupta. Existem vilões nessa história, inclusive um deles sou eu. Vejo a órbita se locomover ao meu redor, o muito caiu por terra, o simples domina o espaço demarcado. A paz é o meu desejo principal. Ter histórias de Caos é sempre um convite a noites em claro de conversas, de sentimentos e o desejo da falta deles. Submerso na tristeza e em cacos de um coração farpado, mas nunca restaurado. Eu não tenho a fórmula mágica de resolver os seus problemas, eu não sou parâmetro, de uma das melhores mentes eventualmente pensantes, para se conviver. Erro. Erro muito, e por abraçar o ridículo ocasionalmente e me sentir constrangida por atos de origem incógnita. Me lembro muito bem , do que guarda e não verbaliza, escondido em seus olhos amendoados, não me esqueço nunca do que é me dito, quando conveniente. Não me esqueço do dia em que, em prantos de uma noite não tão boa, verbalizou que fui

Dias.

Eu penso muito. Há dias em que o balão de pensamento é frequente no meu cotidiano. O meu sentir se aflora, se encaixa em todos os sentidos que me ligam e me direcionam. Vejo o quanto ser insuficiente é suficiente, me traz um pouco de humanidade e tira essa ideia de estar sentada, tomando uma cerveja quase quente, em um pedestal com uma estrutura prestes a ruir, sem eu imaginar (ou me importar). A resolução me encontra mais cedo ou mais tarde. Não vou fugir mais. Estou cansada de correr contra    o meu destino consequente. "Penso tanto nos seus tristes olhos amendoados. Penso em demasia e logo calo as vozes da minha cabeça..." Dias e dias se passam, dias e dias chegam, dias e dias virão. Assombrada pelo meu sobrenome. Não te prometo a eternidade. Não é o período que desejo perdurar. Mas me entrego, sem medo, nesse momento sublime em que nos encontramos. Me permito vivenciar o conhecido desconhecido. Me dê sua mão e me faça flutuar junto com você. Nessa noite decorada de estrel

Descarrego

  Porra. Não achei que esse sentimento fosse tomar conta de mim como fez. Senti dor. Senti profunda tristeza por nenhum motivo exato. Perdi o sentido de tudo, por um momento. Um minuto. Não tive um dia ruim no trabalho, mas consumiu parte do meu humor, e a minha humanidade, me deixando completamente vazia. E esse sentimento doeu profundamente. Há dias que talvez não esteja bem como acreditava, e tudo isso é mascarado por faces que tenho que me encaixar. O apelo as palavras. São momentos seletos que não preciso de nada disso, que deixo a casca na porta.  É pouco difícil pra mim expor o que sinto de forma direta.   Não sinto raiva, não quero socar uma parede ou alguém. Os tempos difíceis chegam e dessa vez não me pouparam emocionalmente falando. Me sinto no direito de expor isso enquanto borro minha visão em lágrimas sem ter que conter o soluço. Aceito a dor que sinto. E que me invada. Que leve todos os cacos embora. Não quero acalento. A dor deve ser sentida. Preciso esvaziar, me afogan

Mãe

  Sinto meus cabelo serem alisados de forma inesperada, viro-me para o outro lado da cama e lá está você!   Sentada, me olhando com seus olhos cansados da vida.   Eu te perdoo.  Te perdoo pelo seu erro de não haver uma solução para o que nunca resolveram com você.  Fique com seus demônios que um dia acreditei serem meus por um tempo significativo.    Não sei o peso da Cruz que carrega. Não é justo com você carregar o papel de Jesus agora. Você é a minha maior referência inconsciente. Pontos peculiares da minha personalidade, dos meus costumes e manias mais sublimes. Dos meus sentimentos e como transmito.    Em minhas desordens e virtudes. Te perdoo por criar três tristes e não entregar nenhum prato de trigo, e sim resquícios deles.  Te perdoo por não ser o que esperei em momentos sublimes da minha vida, mas sim necessária.  Te perdoo pelo que me fez sentir ao descobrir minhas descobertas. O princípio dos meus prazeres atuais. Não chore, é o que eu sou, e eu não sou um monstro. Eu ainda

Se renda

  Eu me rendo. Me rendo ao que esteja me aguardando. Me rendo ao que por muito tempo, me escondi. Me canso de ter algo na ponta da língua, mas nunca uma resolução concretizada sobre o meu possível perigo iminente.  A chuva se intensifica, os trovões ficam mais altos e a garrafa de quinta dos infernos se reduz. A Alexa grita. O tempo nos verá realinhar, diamantes ( ou granizo caso não seja poético(a)) chovem do céu. Regue-me no mesmo reino.  Se reduz o brilho da luminária quente, as armas, a ignorância. A falsa filosofia. Aqui estou eu de verdade, o meu próprio acalento, a minha própria cura. Essa sensação ninguém pode tirar de mim. E espero que as pessoas sintam o mesmo por si próprio. Acredite em si mesmo e o ponto em que possa chegar, individualmente.  O quanto você é capaz para si mesmo?  Ninguém vive de filosofia. Ninguém vive de sexo. Ninguém vive a base de álcool ou falsos nômades da benevolência. Ninguém vive a base de redes sociais ( um bom tema para discutirmos depois), de men

Natureza Oblíqua

Textos não costumam fazer parte da minha rotina. Mas em momentos de sentimentos além do suficiente, onde chega a sufocar. É necessário extrair a carga. Os dias de cão chegam pra todos, porém na minha vez, em especial, ando tendo dias de rato. Rato molhado. Estou completamente enxarcada, e carregada. Carregada de ideias que sei que irão me consumir. Irão me fazer girar a cabeça a um ângulo irregular. O que não chega a ser diferente do que acontece. Do que sou, unicamente. Sinto a todo momento a insuficiência que gero no meu mundo. A insuficiência. De não atingir o objetivo principal, e muitas vezes desvia-lo. Incluo minha dispersão nesse quesito.  Me nego, me reprimo, me escondo de muitas coisas. Não acho próprio dizer sem uma taça de vinho na mão olhando para um par de olhos tristes. A insuficiência, quando descoberta, induz você a se movimentar, mudar, sair de onde está, preencher esse espaço vazio em seu melhor tijolo, momentaneamente. Você não cansa de construir?