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Lastimável coração e a volta completa no sol que não Ilumina.


    

"Olá! Me chamo Rafa, tenho 18 anos e vim de Tucuruvi, onde eu era jovem aprendiz. Agora que vim para cá e estou no período de experiência. Espero poder contar com vocês e que me ajudem nessa nova etapa!".










Oi, me chamo Rafaela, e até que mantenho boas expectativas para essa nova fase que me encontro.
Venho de uma família conturbada, me mantenho em um relacionamento pelo qual não sinto mais amor e tenho 13 gatos em minha casa. Me sinto mal a todo o momento, e confesso que estou com muito medo do que pode acontecer daqui pra frente.


A princípio, desejo impor o que tenho de conhecimento. Isso eleva o meu ego pelo mínimo que sei.
A deficiência de humildade me leva ao fim do poço. Onde de nada enxergo e não atinjo meu ponto alvo.

Nada do que disse, verbalizei, e tenho total noção da minha incompetência momentânea.
O que me resta é a compreensão, de que aquilo talvez, não seja o meu encaixe, e não é só sobre mim.



Não escolho os melhores filtros e minhas máscaras estão quebradas. Mas quero mudar. Quero saber mais.
O empurrar com a barriga, na relação só perdura enquanto te fornece benefícios. Você é uma grande
filha da puta e tem noção disso, mas esse demônio te assombra. E você sempre foge dele. 

A ideia de fechar um ciclo no meio de um processo de aceitação te reprime. Te estressa, e te destrói. Você PRECISA sugar até a ÚLTIMA GOTA, para que, por fim, consiga ir embora. Sua arrombada.


Seus ouvidos já cansaram de ouvir Radiohead. Seus dedos já exigem mais teclas para que reproduza
suas canções favoritas, para que escreva melhor. Sua voz já não é a mesma e os toques que te
alcançam já não te suprem mais. As pessoas ao seu redor não gostam de você, e lidam sempre com
a sua incompetência e prepotência. O orgulho é um sentimento que não alcança a sua família. Os
seus amigos estão indo embora, um a um. Você está sozinha, com um copo de gin na mão. O que
você quer, afinal? Rafaela?



Meu primeiro momento de fechamento,com conforto, se inicia com grandes músicas. Que ecoaram no
ambiente.


"I'm with you"- Avril Lavigne.
"Decode" - Paramore


O DJ da loja não estava em suas melhores condições sentimentais, e eu em conjunto.
Senti conforto sonoro. Elogiei as canções, e não imaginaria ouvir o que gosto no ambiente, sem que
eu colocasse para tocar. Nem de forma aleatória.
Obrigada, eu precisava disso.
Porventura, me perguntou o que eu, senhorita, gostaria de ouvir nesse fechamento, tão caótico.


"Black out Days- Phantogram".


Ele colocou a canção errada. Mas gostei dessa versão. Um marco.


É gostoso lembrar do processo, esse sentimento de nostalgia conforta quando não traumático.
Hoje não ando tão mau humorada. Hoje fumo mais cigarros e bebo uma quantidade considerável de
álcool. Tenho 11 gatos, toco um dos melhores pianos, com suas 81 teclas, até me cansar e pegar um dos mais confortáveis ônibus intermunicipais na estação(Ora, porra. Eu mereço!). Minhas relações
não me adoecem, ou me mantém em uma rodela de prata ridícula em meu anelar. Dou fuga.

Estabeleço meus limites. Até onde devo ir, até onde posso ir e sei que posso ultrapassar. Mas em
questão de saúde e psicológico, uso a lógica a meu prol.  Ainda preciso atingir pontos que precisam do
meu esforço e empenho.


Não verbalizo o meu amar. Isso não é tão importante. É um sentimento só meu. Não quero estragar tudo. Pois nunca é bem visto. É sempre confundido.


Eu amei aquela noite.


        Eu amei aquele momento.


                    Eu amei aquela comida.


            Eu amei aquela música.


        Eu amei aquele toque.


Eu amei aquele abraço.


Sentimentos que tenho ocasionalmente. Que me desencadeiam, conforto e paz. A paz que estou
sempre em busca.
O maior erro é pensar que a mesma se perdura. A paz não é constante. Veja que ela se encontra em
pequenos momentos de soalheira.


A paz não é a felicidade. São ferramentas para lidar com as adversidades do mundo. E ter um grande
repertório. Equilíbrio mental. É o acordo. Um bonançoso domingo de manhã em um quente abraço.
São diversos conceitos.


Eu não sou inteiramente feliz. Mas tenho meus momentos de paz, que valorizo e os guardo com carinho em minha memória.
Ando sempre correndo.
Meus cabelos não ultrapassam o ombro por muito tempo.
Hoje, minhas máscaras não são frágeis, e seleciono as melhores para seu momento ideal.
Despejo o meu fardo ao chão. Me desarmo e não preciso mais de máscaras. Sabe que já me vê.
Exatamente do meu jeitinho. Não é o meu momento de sensibilidade, mas de conforto. Na frente do
espelho, em mim mesma.


A humildade é uma virtude que nem todos possuem. Eu mesma, não. Sinto muito.
Lidar com a dor do outro, para a mente de um narcisista e suas experiências suficientes, é caricato.
O meu espelho é sujo. E quase nunca vejo reflexos, nesse contexto.
Ainda espero pelo suficiente e pelo que pode proporcionar. Ah você nunca falhou.


Processo patético visto hoje. E daqui a mais uma volta no sol, o hoje ainda será.

Aposto 2 Bud que consiga devorar minha mente.





Sou a insignificância sempre presente em suas pesquisas noturnas. E conto para que um dia, traga luz para seu próprio mundo sombrio.


Se cuide. ou morra tentando.



Musica de intro: Yoko - Terno rei

Música de fechamento- Black out days - Future islands - Phantogram.

Álbum marcante para ouvir me mamando:

In Rainbows - Radiohead.



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