Porra.
Não achei que esse sentimento fosse tomar conta de mim como fez.
Senti dor. Senti profunda tristeza por nenhum motivo exato. Perdi o sentido de tudo, por um momento. Um minuto.
Não tive um dia ruim no trabalho, mas consumiu parte do meu humor, e a minha humanidade, me deixando completamente vazia. E esse sentimento doeu profundamente.
Há dias que talvez não esteja bem como acreditava, e tudo isso é mascarado por faces que tenho que me encaixar. O apelo as palavras. São momentos seletos que não preciso de nada disso, que deixo a casca na porta.
É pouco difícil pra mim expor o que sinto de forma direta.
Não sinto raiva, não quero socar uma parede ou alguém. Os tempos difíceis chegam e dessa vez não me pouparam emocionalmente falando.
Me sinto no direito de expor isso enquanto borro minha visão em lágrimas sem ter que conter o soluço. Aceito a dor que sinto. E que me invada. Que leve todos os cacos embora.
Não quero acalento. A dor deve ser sentida. Preciso esvaziar, me afogando em próprio pranto.
Te poupo disso, gosto o suficiente para não me apresentar assim. Eu precisava chorar um pouco.
Não quero me sentir pivô de situações que não me competem integralmente, de problemas que não sei e nem quero solucionar.
Não me contenho mais em dizer que estou sentindo. Embora seja um processo pouco difícil. O óbvio precisa ser dito. O que você quer, o que não quer, o que ama e o que detesta também.
Escrevo isso viajando entre cidades em um dos ônibus mais confortáveis que pude selecionar para momentos como esse.
Eu não quero ter que apresentar o meu lado mais vulnerável. Não sou forte pra contê-lo. Mas procuro me regenerar e aumentar o grau da minha resiliência.
Ser resiliente anda sendo um desafio pra mim. Espero que eu pare de escrever e procure uma ajuda genuína. Uma hora isso vai acontecer. No meu tempo.
Não abro mão do que me florece. Deixo em um canto confortável para que não se contate com a bagunça que eu possa fazer. Tenho minhas preciosidades. E em troca, tenho toda a sua compreensão. Vocês estão aqui porque querem, e tem todo o meu cuidado, todo o meu coração. Sabe?
Quem não tem nada, sofre. E quem quem tudo também. Quantidade não é qualidade.
Não cresço com mentiras e você também não. Acredito que tudo pode ser verbalizado e resolvido em uma conversa. Sem ataque de área, sem afastamentos, sem ódio. Apenas a honestidade, e é um dos pontos que quero estabelecer aqui agora.
Tenho a experiência de que as pessoas ao meu redor não merecem a minha aversão e a minha distância. E que uma palavra simplifica as coisas e mudam rotas para algo mais saudável. Estou aprendendo bem essa ideia, mas ainda assim, passos de formiguinha.
Não destruo as coisas que gosto, que amo ou que possam me fazer bem, por um erro. Eu sou um erro, e não fui destruída por isso…
Admiro muito a paciência que tem quando se convive com a minha pessoa. Embora eu ainda acredite ser muito tranquila. (Não vejo motivos de risada agora).
O jeito é ficar aqui, um pouquinho, e experienciar os momentos que me ensinarão muitas coisas até boas e construtivas. E tentar ao máximo não cortar minha franja. Me deseje que eu me foda muito, porque eu preciso horrores. Quero sentar em uma mesa de bar e te contar o quanto eu fui ridicula.
O amanhã será melhor. E tudo vai embora com o sereno da alvorada. Com um trago delicado, um gole de um café mal feito e um pum alto.
Quem faz o palhaço rir?
Quem faz o sol do nosso mundo se ascender?
A resposta pode ser triste, ou romântica o suficiente.
Música que diz muito em poucas palavras:
Haircut- HOMESHAKE.
Melhorando,
Roses.
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